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NOVEMBRO AZUL ALERTA PARA DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA
O Ministério da Saúde estima que o estado de Minas Gerais registre 11.800 novos casos de câncer de próstata em 2024, com uma taxa de incidência de 110,23 por 100 mil homens.
Os dados mostram que em 2023, a doença foi a principal causa de morte por câncer na população masculina, somando 12,4% dos óbitos, e também resultou em 4.241 internações e 292 mortes, segundo o Ministério da Saúde.
O urologista do Hospital Alberto Cavalcanti, pertencente ao Complexo Hospitalar de Especialidades da Fhemig – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais que é referência estadual em Oncologia, Adriano Pivoto Palma ressalta para a importância do diagnóstico precoce.
Em conjunto com o câncer de próstata, a hiperplasia da próstata (próstata aumentada ou inflamada) gerou 2.025 internações e sete óbitos nos primeiros oito meses de 2024, totalizando 6.266 internações por problemas relacionados à próstata. Entre 2022 e 2023, foram registradas 16.852 internações e 861 mortes, com sintomas muitas vezes semelhantes que dificultam a distinção entre as duas condições.
Adriano Pivoto destaca ainda que “a detecção tardia compromete o tratamento e a cura”. Muitos casos ainda são descobertos em estágios avançados, devido à falta de triagem adequada e à relutância de alguns homens em realizar exames como o toque retal. O câncer de próstata permanece o segundo mais comum entre homens no Brasil e, mesmo com avanços no tratamento, continua a ser responsável por um alto índice de mortalidade.
A Coordenação de Vigilância das Condições Crônicas não transmissíveis e Câncer da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais aponta para um aumento progressivo nos óbitos por câncer de próstata, especialmente entre homens acima de 80 anos, com uma taxa de 333,8 óbitos por 100 mil. O envelhecimento da população reflete uma tendência preocupante no aumento da mortalidade.
Entre 2023 e 2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71,7 mil novos casos de câncer de próstata em todo o país. A urgência do diagnóstico precoce não pode ser ignorada: melhorar a detecção pode não apenas aumentar as taxas de cura, mas também reduzir o sofrimento e os custos de tratamentos complexos e prolongados.
MantNews
Da redação, Weber Gomes.